segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

IFEELYOUNG 2024 (#02 SILVER)

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DANDADAN S1 (Episódio: 01x07 "To a Kinder World")

Sobre a série...

Dandadan foi a nossa grande surpresa deste ano de 2024... Esse anime é basicamente uma série de romance entre dois colegiais. Um menino muito tímido (e muito solitário e pouco sociável) e que acredita plenamente na existência de alienígenas (e teorias da conspiração) e uma menina (Momo Ayase) que acabou de terminar um relacionamento abusivo (e tem um sonho super romântico de achar uma versão adequada a sua idade do seu ídolo absoluto, o ator: Ken Takakura)... Os dois se encontram entre tempos vagos e entre uma história e outra, ela descobre que ele acredita em alienígenas e ele descobre que ela acredita no sobrenatural. Um não acredita no que o outro acredita...  Daí eles têm uma discussão e decidem cada um provar para o outro que o outro está errado... Então o menino vai a um túnel que presumivelmente é amaldiçoado e ela vai para um lugar em que aparentemente ocorrem avistamentos de alienígenas... E a surpresa das surpresas é que ambos estão certos (e errados!). Ele eventualmente da de cara com uma Yokai (entidade sobrenatural), ela dá de cara com um bando de alienígenas (interessados na sua genitália) e eis que ocorre o impensável: de alguma maneira ela ao ser manipulada pela tecnologia desses alienígenas tem despertado poderes psíquicos latentes (bem diversos) e o rapaz recebe (em certo sentido) os poderes dessa Yokai (eventualmente inclusive de forma permanente). E com essas habilidades recém adquiridas, eles conseguem (estar no mesmo ambiente e) derrotar os alienígenas, vivendo JUNTOS um grau de ação e de emoção nunca antes sonhado por eles. E eis que Momo pergunta o nome do menino que responde: Ken Takakura! Explodindo a cabeça da menina (na sequência ela se recusa a chamá-lo pelo nome, utilizando no lugar: "Okarun") ... Essa é basicamente a história do primeiro episódio (e a premissa da série)... Tal premissa oferece obviamente uma abordagem procedimental dentro do gênero de ficção especulativa mas nunca esquecendo o que a série é no seu núcleo: um romance!

(Cabe mencionar que o conteúdo da atração é adulto e o humor da série, que é excepcional, tem um caráter definitivamente sexual. A atração é fortemente referente ao universo Otaku em particular e a cultura pop em geral. Por exemplo: a abertura da atração e alguns dos alienígenas sofreram influência da franquia Ultraman.)

Sobre o episódio imediatamente anterior ao episódio premiado...

* Trama: Aira, uma outra aluna do mesmo colégio dos dois protagonistas, encontra um Kintama de Okarun (um dos testículos faltantes do rapaz que foi tornado uma perfeita esfera dourada dotada de poderes sobrenaturais), o que desperta os seus próprios poderes latentes, algo que permite que ela vislumbre a aura de Momo, donde ela dá uma surtada e ataca a nossa coprotagonista... Okarun tenta ajudar mas nota que uma assustadora Yokai (a Acrobática Silky) está atrás de Aira e parece achar ser a mãe da menina (!?)... Isso leva a um brutal conflito entre o trio e a entidade.

Sobre o episódio premiado...

* Trama: Momo e Okarun combatem a Acrobática Silky até atingirem uma vitória parcial, donde eles recuperam o Kintama do rapaz de dentro do bolso de Aira. No entanto, os dois percebem que Aira MORREU por ela não conseguir lidar com a Yokai enquanto uma humana comum... Donde a Acrobática Silky se oferece para reviver Aira passando sua aura (sua força vital) para ela (se sacrificando no processo). Momo (ainda muito desconfiada) conecta as duas auras e vê o passado da Acrobática Silky, revelando que ela era uma mãe solteira que trabalhava em empregos informais, incluindo prostituição, para sustentar sua filha e (tudo indica) pagar uma dívida. Agiotas (aparentemente) então invadiram sua casa e agrediram a mãe, sequestrando sua filha no processo; esses eventos levaram a mãe a cometer suicídio. Seu espírito vagou por algum tempo até que uma Aira criança, que estava (enlutada) lidando com a perda da própria mãe, a sentiu e a confundiu com a sua. Vendo isso, o espírito jurou proteger Aira, transformando-se enfim na Acrobática Silky (mas só a reencontrou após o incidente com o Kintama) . Aira é revivida e Momo fica em lágrimas com toda a tristíssima revelação sobre a Yokai, enquanto a Acrobática Silky se desfaz (já sem a sua aura), expressando incapacidade para superar o seu trauma (para descansar em paz)... Após testemunhar seu passado, Aira abraça e conforta a Acrobática Silky, orando para que ela encontre paz e jurando nunca esquecê-la... A Yokai então desaparece completamente ao vento.

* Comentário: A nova personagem Aira é introduzida de maneira similar ao que foi feito com os protagonistas no piloto, com uma situação de vida e morte compartilhada (com um certo tipo de extrema intimidade e com o bônus do seu passado). Nada aqui é por acaso, da respiração artificial de Okarun a empatia de Momo (fora o visível aumento dos poderes de ambos)... (A escolha folclórica da Yokai é certeira)... A parte central do episódio é o flashback de mãe e filha, esparso, largamente mudo e que deixa boa parte da história para ser preenchida pelo espectador. Tristíssimo e com inegável sensibilidade e sofisticação artística... Destacamos: Um cold open com um visual que simula live action e que "retorna" quando do desaparecimento da filha ;  um infinitamente expressivo guarda chuva solitário em meio a uma tempestade ; um desconcertante balé suicida etc.


"Please, so that nobody ever hurts them... take them to a more fortunate, kinder world."

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

INVINCIBLE S3 (2025)

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S3.E01 · You're Not Laughing Now [***]
S3.E02 · A Deal with the Devil [****]
S3.E03 · You Want a Real Costume, Right? [***1/2]
S3.E04 · You Were My Hero [***1/2]
S3.E05 · This Was Supposed to be Easy [**1/2]
S3.E06 · All I Can Say is I'm Sorry [***1/2]  
S3.E07 · What Have I Done ? [***1/2]   

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EPISÓDIO DESTAQUE:

03X02: “A Deal With the Devil”

ENCONTRO DE CECIL E NOLAN
 
Uma série de flashbacks mostra como um jovem agente (quase) heroico e (quase) idealista se transformou (via uma temporada numa prisão de super vilões por justamente matar dois supervilões recondicionados para combater ao lado dos ditos "heróis") no infinitamente pragmático líder da GDE: Cecil Stedman... Eis que Invincible, mais em linha com o Stedman de outrora, colide com o Cecil do presente com resultados tão brutais que levam a cisão do supergrupo dos Guardiões justamente sobre essa linha ideológica: Invincible X Steadman... O episódio responde como a imagem decrépita de Cecil é uma metáfora para a deterioração de sua própria alma, consequência de tomar sem parar decisões completamente amorais de vida e morte sobre todo o planeta por mais de 20 anos... E a interpretação vocal de  Goggins captura isso perfeitamente...

Um detalhe:
Cecil também foi reconstruido na GDE (como tantos que ele reconstruiu posteriormente), e a única fração de pele natural que lhe restou é justamente aquela que enxergavamos (até aqui) como um deformidade em seu rosto (ele escolheu mantê-la como lembrete da falha que custou 17 vidas na sua juventude como agente mas que ao mesmo tempo salvou MILHARES DE OUTRAS!).

"We can be the good guys, or we can be the guys who save the world. We can’t be both"   
 
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

ANORA (2024) : TORRONES?(S/N)

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Trama básica: Anora "Ani" Mikheeva (Mikey Madison) é uma stripper num clube de luxo e garota de programa em atendimentos particulares para clientes ainda mais selecionados. Eis que ela estabelece um relacionamento estilo "namorada de aluguel" com Ivan "Vanya" Zakharov (Mark Eydelshteyn), filho de um oligarca russo. A atitude de Vanya é insanamente hedonista e alienada, torrando sem trégua a fortuna do seu pai. Eis que nessas férias permanentes (e por iniciativa de Vanya): os dois se casam em Las Vegas... Os pais de Vanya quando descobrem ficam furiosos e enviam dois "capangas", o russo Igor (Yura Borisov) e o armênio Garnik (Vache Tovmasyan), mais o padrinho de Vanya e irmão de Garnik: Toros (Karren Karagulian), uma espécie de "capanga supervisor" dos outros dois... Os três "capangas" devem apreender o casal e preparar a anulação do casamento enquanto os pais de Vanya chegam da Rússia... O que mais pode dar errado?

(O filme se passa largamente no Brooklyn/NewYork, que contém a mansão do pai de Vanya e a grande vizinhança russo-americana de Brighton Beach.)

ANORA

Anora mostra inicialmente uma faceta um tanto prática e cínica no seu clube mas, após alguma dúvida frente a proposta de casamento de Vanya, abraça o sonho proporcionado pela fortuna do jovem russo. Notem que Vanya não é nem uma figura paterna nem um grande amante para Anora e a ideia dele de casar por um Green Card é aqui totalmente absurda (aliás a patetice absoluta de Vanya NUNCA É SUTIL e é retratada a perfeição por Eydelshteyn)... Os realizadores mergulham com competência a audiência na felicidade do casal e dos seus amigos,  algo que não pode durar obviamente mas é deveras infecciosa mesmo assim.

Eis que batem à porta da mansão os mencionados três capangas e rapidamente (vejam só!) Vanya foge e o que se vê são 15-20 minutos de excelente comédia nucleada pela incrível determinação de Anora em não abrir mão do seu sonho (o casamento?). É particularmente engraçado como ela exibe uma espécie de arte marcial baseada em Pole Dance (é ver para crer!)...

Garnik é completamente pateta e um príncipe do estabaco... Toros (só o nome já é engraçado!) lembra aquele parente que já não tem mais moral alguma por tanto repetir a mesma lição de moral aos mais jovens sem nada concreto acontecer... Igor é o menos incompetente...  Com a introdução de Igor (Russo) versus Anora (primeira geração) se coloca o foco no conflito de classes (e é um mérito do diretor por digamos "trocar esse pneu andando")... Excepcional é trabalhar com a expectativa de violência sexual como fonte adicional de humor (a forma humana que Igor trata Anora aqui, apesar das horríveis circunstâncias, é crucial para o final) (e aqui Anora o provoca tudo o que pode, o que também é importante para o final)... Eis que os quatro patetas vão atrás de Vanya...

Mais uma vez uma direção com registro naturalista, câmera na mão, filmado na rua e vamos mergulhando junto naquela comunidade russo-americana e é tudo muito fascinante: filmar a vida com proficiência! E ai você percebe que a energia da Anora começa a cair. Nem queria ouvir falar de anulação, agora já fala de divórcio, agora já fala de dinheirinho de cala boca. E finalmente encontram Vanya no clube em que trabalhava Anora justo na cabine com a arqui-inimiga dela (o que é perfeito na ironia e na questão do choque de realidade para a protagonista) (apesar dele estar bem doidão, obviamente).

Eles finalmente conseguem tomar Vanya a tiracolo e voltar para Vegas de modo que a anulação possa lá ser feita. Com a chegada dos pais de Vanya, o conflito de classes chega ao seu máximo e encarando a total inação de Vanya de um lado e uma potencial bilionária litigação do outro, Anora sucumbe a anulação mais 10.000 dólares em espécie.

Igor leva Anora para a mansão, dormir , pegar as suas coisas e conduzi-la a casa da sua irmã no dia seguinte com o dinheiro... No momento da despedida, Igor produz o caríssimo anel de noivado (graças ao enrolado do Toros)... Mais do que um prêmio de consolação, o anel é uma lembrança do sonho vivido e do sonho negado... Anora se sente também muito culpada pela forma como tratou Igor ao mesmo tempo que se sente muito agradecida por tudo que ele fez... Ela tenta iniciar o ato sexual dentro do carro mas quando Igor tenta beija-la ela para, se debate e chora muito... Será que transar seria a única forma de agradecer? Será que é mesmo verdade a máxima de que prostitutas fazem tudo exceto beijo na boca? ... Cena final antológica ... Filme ganhador da Palma de Ouro de 2024 ... O melhor filme de 2024.

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Sim ou Não? Sim. O melhor filme de 2024 como visto por esta velha Castanha... E talvez tenha chegado a hora de passar a levar o diretor Sean Baker mais a sério.

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A série TORRONES?(S/N) mostra Luiz Castanheira decidindo se vai agregar um novo filme (que já passou pelo crivo de relevância popular e/ou crítica) a sua exclusiva coleção de Torrones De-li-ci-o-sos!

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OZZY OSBOURNE (1980-1995)

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Ozzy, após uma humilhante e deprimente saída do Black Sabbath, e superando as mais positivas expectativas na época, conseguiu fundar uma muito bem sucedida carreira solo graças (em boa medida) ao absurdo talento do jovem guitarrista Randy Rhoads (morto precocemente em 1982 com apenas 25 anos)...
 
OZZY E RANDY EM 1981
 
Randy Rhoads toca nos três primeiros álbuns da fase clássica de Ozzy...
 
1980           Blizzard of Ozz [****]
1981           Diary of a Madman [****]
1981/1980  Tribute LIVE [****]
1982           Speak of the Devil LIVE [***]
1983           Bark at the Moon [***]
1986           The Ultimate Sin [***]
1988           No Rest for the Wicked [***]
1991           No More Tears [****]
1995           Ozzmosis [***]

PESSOAL:


Ozzy Osbourne – lead vocals, harmony vocals

Randy Rhoads – guitars (01-03)
Brad Gillis - guitar (04)
Jake E. Lee – guitar, backing vocals (05-06)
Zakk Wylde – guitar (07-09)

Bob Daisley – bass, harmony vocals, gong, lyrics (01-02-03B) (05) (07) (08)
Rudy Sarzo - bass (03A-04)
Phil Soussan – bass (06)
Geezer Butler – bass (09)

Lee Kerslake – drums, percussion, tubular bells, timpani (01-02-03B)
Tommy Aldridge - drums (03A-04) (05)
Randy Castillo – drums (06) (07) (08)
Deen Castronovo – drums (09)

Don Airey – keyboards (01) (05)
Johnny Cook – keyboards (uncredited) (02)
Lindsay Bridgwater - keyboards (03)
Mike Moran – keyboards (06)
John Sinclair – keyboards (07) (08)
Michael Beinhorn & Rick Wakeman – keyboards (09)

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Outro nome de destaque quando se fala da discografia solo de Ozzy é o do Australiano Bob Daisley... Com efeito: Participou significativamente das composições (música + letra) dos álbuns de estúdio do primeiro Blizzard Of Ozz de 1980 até o No more Tears de 1991 e dentre esses só não tocou baixo no The Ultimate Sin de 1986... São constrangedoras as atitudes de Ozzy (e principalmente da sua empresária tornada esposa: Sharon Arden) em negar POR ANOS A FIO os créditos de Daisley e do baterista original Lee Kerslake (da banda inglesa Uriah Heep), além dos direitos conexos às performances dos álbuns e às composições de ambos.
 
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sábado, 1 de fevereiro de 2025

RENAISSANCE (1972-1978)

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Renaissance é uma banda de Rock Progressivo Sinfônico liderada pela estupenda vocalista Annie Haslam (algo muito raro no Rock da época) e com um distinto sabor acústico (raramente existe a presença de uma guitarra elétrica, por exemplo), ao mesmo tempo progressivo e acessível...

RENAISSANCE EM 1976

Os álbuns da fase clássica da banda são...

1972 Prologue [***]
1973 Ashes Are Burning [****]
1974 Turn of the Cards [****]
1975 Scheherazade and Other Stories [****]
1976 LIVE at Carnegie Hall [****]
1977 Novella [***]
1978 A Song for All Seasons [***]

PESSOAL:

- Annie Haslam / lead & backing vocals, percussion

- Rob Hendry / electric & acoustic guitars, mandolin, chimes, backing vocals (01)
- Michael Dunford / acoustic guitars ,
arrangements

- John Tout / keyboards, backing vocals, arrangements

- Jon Camp / bass, tamboura, lead (ocasional) & backing vocals, arrangements

- Terence Sullivan / drums, percussion

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Uma curiosidade: apesar da magnífica qualidade vocal de Haslam, ela nunca contribuiu em nenhuma composição da banda (nem em música e nem em letra) (para a maior parte do repertório: Michael Dunford compunha a música e a letrista externa Betty Thatcher compunha a letra)... Jon Camp é um baixista discutivelmente subestimado na cena progressiva (além de ser um ótimo vocalista)... A canção The Young Prince and Princess as told by Scheherazade, uma parte da faixa título do álbum Scheherazade and Other Stories de 1975, é uma das mais lindas de todo o Rock Progressivo... Outras características do som da banda: (i) natural, competente e distinta integração com a música clássica. (ii) letras tematicamente ambiciosas, poéticas e épicas. (iii) casamento marcante entre o acústico e o orquestral (incluindo mesmo o uso de orquestras propriamente ditas). (iv) jazz, folk e world music também fazem parte do seu DNA.

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IRON MAIDEN (1980-1988)

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A melhor formação do Maiden (do álbum The Number of The Beast de 1982)...

IRON MAIDEN 1982 TOUR

A lendária Heptalogia de álbuns clássicos do Maiden...
 
1980 Iron Maiden [****]
1981 Killers [****]
1982 The Number Of The Beast [****]
1983 Piece Of Mind [****]
1984 Powerslave [****]
1986 Somewhere In Time [****]
1988 Seventh Son Of A Seventh Son [****]

PESSOAL:

- Paul Di'Anno / lead vocals (01-02)
- Bruce Dickinson / lead vocals (03-07)

- Dave Murray / guitar
- Dennis Stratton / guitar, vocals (01)
- Adrian Smith / guitar, vocals (02-07)

- Steve Harris / bass, vocals

- Clive Burr / drums (01-03)
- Nicko McBrain / drums (04-07)

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Steve Harris é um dos nomes mais importantes da História do Rock Pesado e um dos seus mais influentes compositores (e o incontestável líder do Maiden)... E esta Castanha tem um carinho todo especial pelo baterista (discutivelmente subestimado) Clive Burr (já falecido)... Além de músicos talentosos, estas são algumas das principais virtudes da banda: (i) letras inteligentes com temáticas complexas, onde abundam conceitos interessantes de história, mitologia, guerra e mesmo de ficção científica. (ii) consistência e longevidade. (iii) esmero e (mais uma vez) consistência nas suas apresentações ao vivo (com destaque para a coesão temática vez após vez e sempre casada com a eterna metamorfose vez após vez do mascote da banda: O Eddie!). (iii) inovação e influência. (iv) um surpreendente controle sobre a sua música e a sua imagem (ao longo do tempo).  (v) saber gerenciar a sua base de fãs.
 
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