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ÁLBUNS:
1976A High Voltage [***]
1976B Dirty Deeds Done Dirt Cheap [***]
1977 Let There Be Rock [****]
1978A Powerage [****]
1978B If You Want Blood... LIVE [****]
1979 Highway to Hell [****]
1980 Back in Black [****]
1981 For Those About To Rock [***1/2]
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PESSOAL:
- Bon Scott / Vocais [01-06]
- Brian Johnson / Vocais [07-08]
- Angus Young / Guitarras
- Malcolm Young / Guitarras Base e Vocais de Apoio
- Phil Rudd / Bateria
- Mark Evans / Baixo e Vocais de Apoio [01-03]
- Cliff Williams / Baixo e Vocais de Apoio [04-08] (*)
1976B Dirty Deeds Done Dirt Cheap [***]
1977 Let There Be Rock [****]
1978A Powerage [****]
1978B If You Want Blood... LIVE [****]
1979 Highway to Hell [****]
1980 Back in Black [****]
1981 For Those About To Rock [***1/2]
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PESSOAL:
- Bon Scott / Vocais [01-06]
- Brian Johnson / Vocais [07-08]
- Angus Young / Guitarras
- Malcolm Young / Guitarras Base e Vocais de Apoio
- Phil Rudd / Bateria
- Mark Evans / Baixo e Vocais de Apoio [01-03]
- Cliff Williams / Baixo e Vocais de Apoio [04-08] (*)
(*) Completando a formação clássica com Scott por três álbuns [04-06]
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O PICO DA BANDA
A fase de 1976 a 1981 da banda AC/DC não é apenas a sua "Era de Ouro", ela é um dos capítulos mais explosivos, influentes e definidores da história do rock and roll em geral. Foi uma época de tragédia imensa, mas também de resiliência absoluta e de uma produção musical que se tornou sinônima de hard rock (se tornando meio que "o fato" só que definitivamente MUITO "após o fato", algo deveras extraordinário).
Vamos mergulhar nos detalhes...
Vamos mergulhar nos detalhes...
O Contexto: A Consolidação de uma Máquina de Rock
No início de 1976, o AC/DC já havia estabelecido sua identidade visual (como o icônico uniforme escolar de Angus Young nas apresentações ao vivo, por exemplo) e sonora (rock and roll cru, potente e pesado com riffs marcantes) na sua terra natal da Austrália (já com dois álbuns por lá lançados em 1975: High Voltage (em fevereiro) e T.N.T. (em dezembro)). O desafio era conquistar o mundo... A mudança para o Reino Unido e a assinatura com a Atlantic Records foram os primeiros passos cruciais nesse sentido...
A combinação do espírito rebelde e ao mesmo tempo malandro de Bon Scott com os riffs enganadoramente "fáceis", matadores e pesados dos irmãos Young e a bateria minimalista (porém com um feel sempre impecável) de Phil Rudd era simplesmente perfeita...
No início de 1976, o AC/DC já havia estabelecido sua identidade visual (como o icônico uniforme escolar de Angus Young nas apresentações ao vivo, por exemplo) e sonora (rock and roll cru, potente e pesado com riffs marcantes) na sua terra natal da Austrália (já com dois álbuns por lá lançados em 1975: High Voltage (em fevereiro) e T.N.T. (em dezembro)). O desafio era conquistar o mundo... A mudança para o Reino Unido e a assinatura com a Atlantic Records foram os primeiros passos cruciais nesse sentido...
A combinação do espírito rebelde e ao mesmo tempo malandro de Bon Scott com os riffs enganadoramente "fáceis", matadores e pesados dos irmãos Young e a bateria minimalista (porém com um feel sempre impecável) de Phil Rudd era simplesmente perfeita...
ÁLBUM A ÁLBUM
0. High Voltage (A VERSÃO INTERNACIONAL) (MAIO DE 1976): Compilação dos dois primeiros álbuns australianos... Oferecia um aperitivo do som da banda para audiências internacionais (com uma produção não tão pesada como a posteriori, porém bastante clara, crua e com o estilo da banda certamente já bem reconhecível)... Abundam momentos memoráveis: "It's A Long Way To The Top (If You Wanna Rock 'N' Roll)" (com um icônico arranjo de gaita de fole todo especial e tocado pelo próprio Scott) , "The Jack" , "Live Wire" , "T.N.T." e "High Voltage".
1. Dirty Deeds Done Dirt Cheap (SETEMBRO DE 1976): Scott continua com seu próprio estilo bem humorado de contar "histórias épicas" sobre Rock, Sexo e Bebida, apoiado como sempre na rifferama robusta e cada vez mais pesada dos Young... Destaques: A faixa título , "A Problem Child" , "Big Balls" , "Ride On" (clássico absoluto da banda e uma das melhores performances e letras de Scott) e "Jailbreak".
0. High Voltage (A VERSÃO INTERNACIONAL) (MAIO DE 1976): Compilação dos dois primeiros álbuns australianos... Oferecia um aperitivo do som da banda para audiências internacionais (com uma produção não tão pesada como a posteriori, porém bastante clara, crua e com o estilo da banda certamente já bem reconhecível)... Abundam momentos memoráveis: "It's A Long Way To The Top (If You Wanna Rock 'N' Roll)" (com um icônico arranjo de gaita de fole todo especial e tocado pelo próprio Scott) , "The Jack" , "Live Wire" , "T.N.T." e "High Voltage".
1. Dirty Deeds Done Dirt Cheap (SETEMBRO DE 1976): Scott continua com seu próprio estilo bem humorado de contar "histórias épicas" sobre Rock, Sexo e Bebida, apoiado como sempre na rifferama robusta e cada vez mais pesada dos Young... Destaques: A faixa título , "A Problem Child" , "Big Balls" , "Ride On" (clássico absoluto da banda e uma das melhores performances e letras de Scott) e "Jailbreak".
2. Let There Be Rock (JULHO DE 1977): O primeiro clássico da banda (com uma qualidade de produção de encher os olhos)... Aqui muito mais rápida e pesada (metálica até diriam alguns), com estilo já inegavelmente estabelecido e completamente identificável. Destaques (na verdade todo o álbum): "Whole Lotta Rosie" , o estonteante épico titular "Let There Be Rock" , "Hell ain't a Bad Place to Be" e "Problem Child" (com um baita solo de guitarra) solidificaram o som de arena da banda.
3. Powerage (MAIO DE 1978): Considerado o álbum favorito pessoal por muitos dos fãs mais hardcore da banda e também por muitos críticos. É o mais "blueseiro" e complexo musicalmente da era Bon Scott, com o baixo de Cliff Williams finalmente entrando na mixagem da produção. Destaques: "Rock 'n' Roll Damnation", "Sin City" e a absurdamente grooveada "Riff Raff". A faixa "Down Payment Blues" mostra uma letra mais sóbria e mesmo social de Bon Scott.
4. If You Want Bad Blood... LIVE (OUTUBRO DE 1978): Outro clássico absoluto, com grande repertório, performance e produção, com as versões das canções ao vivo superando facilmente as suas respectivas contrapartes de estúdio.
5. Highway to Hell (JULHO DE 1979): Se a trilogia anterior (2-3-4) construiu a base, Highway to Hell foi a explosão que levou a banda ao estrelato mundial absoluto...
=> Produtor Mutt Lange: A contratação de um novo produtor foi um golpe de gênio (substituindo os anteriores Harry Vanda & George Young). Lange manteve a energia crua da banda, mas poliu finamente as arestas, dando aos vocais de Scott e aos riffs dos irmãos Young um "punch estereofônico" inédito até então que conquistou as rádios sem vender a alma do grupo no processo.
=> Produtor Mutt Lange: A contratação de um novo produtor foi um golpe de gênio (substituindo os anteriores Harry Vanda & George Young). Lange manteve a energia crua da banda, mas poliu finamente as arestas, dando aos vocais de Scott e aos riffs dos irmãos Young um "punch estereofônico" inédito até então que conquistou as rádios sem vender a alma do grupo no processo.
=> Sucesso Comercial: Foi o primeiro álbum da banda a chegar ao topo nos EUA, eventualmente vendendo milhões de cópias.
=> Canções imortais: A faixa título "Highway to Hell" é possivelmente o maior hino de rock de todos os tempos (ou muito próximo disso). "Girls Got Rhythm", "Touch Too Much" e "If You Want Blood (You've Got It)" são igualmente monstruosas... O álbum era uma celebração do estilo de vida rock and roll e Bon Scott era o seu poeta melhor laureado, no auge de sua forma... O que torna tão triste e marcante o que logo se seguiria...
A Tragédia e a Transição: 1980
Em 19 de fevereiro de 1980, após uma noite de bebedeira pesada em Londres, Bon Scott foi encontrado morto em um carro. A causa oficial foi "intoxicação alcoólica aguda" listada como "morte por acidente".
O mundo do rock parou. A banda perdeu não apenas seu vocalista, mas seu rosto, sua personalidade e seu letrista. A pergunta era óbvia: o AC/DC continuaria?
Contra todas as expectativas, os irmãos Young decidiram que Bon teria querido que a banda continuasse. Após uma audição, escolheram então o Inglês Brian Johnson, ex-vocalista do Geordie, cuja voz potente e aguda impressionou Angus e Malcolm.
Em 19 de fevereiro de 1980, após uma noite de bebedeira pesada em Londres, Bon Scott foi encontrado morto em um carro. A causa oficial foi "intoxicação alcoólica aguda" listada como "morte por acidente".
O mundo do rock parou. A banda perdeu não apenas seu vocalista, mas seu rosto, sua personalidade e seu letrista. A pergunta era óbvia: o AC/DC continuaria?
Contra todas as expectativas, os irmãos Young decidiram que Bon teria querido que a banda continuasse. Após uma audição, escolheram então o Inglês Brian Johnson, ex-vocalista do Geordie, cuja voz potente e aguda impressionou Angus e Malcolm.
6. Back in Black (JULHO DE 1980):
Lançado apenas um ano após o álbum anterior (que representou o alçamento da banda para o estrelato internacional), apenas cinco meses após a morte de Bon Scott, Back in Black talvez seja o maior ato de resiliência da história do rock pesado:
Lançado apenas um ano após o álbum anterior (que representou o alçamento da banda para o estrelato internacional), apenas cinco meses após a morte de Bon Scott, Back in Black talvez seja o maior ato de resiliência da história do rock pesado:
=> A capa totalmente preta era um tributo solene a Bon Scott;
=> Brian Johnson não tentou imitar Scott, ele trouxe sua própria persona de uma espécie de "herói de classe trabalhadora" e uma voz que era sim (ao seu modo) poderosa o suficiente para preencher tamanho vazio;
=> Com Mutt Lange novamente na produção, o álbum soa colossal. Cada riff de Malcolm, cada solo de Angus, cada nota da bateria de Phil Rudd é (sem exagero) perfeito;
=> As faixas são uma sucessão de hinos: a sinistra badalada de sino em Hells Bells, o riff mais reconhecível do mundo na faixa título, o groove de You Shook Me All Night Long (que se tornou seu maior sucesso em rádios pop) e a brutalidade melódica de Shoot to Thrill. Entre outros.
=> Back in Black não é apenas o ápice da fase de ouro da banda, ele é um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos, um monumento ao rock pesado e um testamento eterno ao espírito de Bon Scott.
7. For Those About to Rock (1981): Encerra este período de ouro (ainda com Lange na produção)... O álbum foi um sucesso comercial imediato, chegando ao topo nos EUA, solidificando o AC/DC como a maior banda de rock do planeta naquele momento. A faixa título, com seus 21 canhões de verdade disparando ao vivo, se tornou o clímax absoluto de todos os shows do grupo dali em diante, um hino de celebração ao seu gênero e aos seus fãs (um verdadeiro show a parte).
7. For Those About to Rock (1981): Encerra este período de ouro (ainda com Lange na produção)... O álbum foi um sucesso comercial imediato, chegando ao topo nos EUA, solidificando o AC/DC como a maior banda de rock do planeta naquele momento. A faixa título, com seus 21 canhões de verdade disparando ao vivo, se tornou o clímax absoluto de todos os shows do grupo dali em diante, um hino de celebração ao seu gênero e aos seus fãs (um verdadeiro show a parte).
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Durmam em luz, irmãos:
Ronald Belford Scott (09/06/1946 a 19/02/1980)
Malcom Mitchell Young (06/01/1953 a 18/11/2017)
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