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01 - Scorpions - 1974 Fly to the Rainbow [***]
02 - Scorpions - 1975 In Trance [****]
03 - Scorpions - 1976 Virgin Killer [***1/2]
04 - Scorpions - 1977 Taken By Force [***1/2]
05 - Scorpions - 1978 Tokyo Tapes - LIVE 78 [****]
06 - Electric Sun - 1979 Earthquake [***]
07 - Electric Sun - 1981 Firewind [***]
08 - Electric Sun - 1985 Beyond The Astral Skies [***]
09 - UJR - 1996 Prologue To The Symphonic Legends [***]
10 - UJR - 2000 Transcendental Sky Guitar [***1/2][**1/2]
11 - UJR - 2003 Metamorphosis Of Vivaldi's Seasons [***]
12 - UJR - 2008 Under a Dark Sky [***1/2]
13 - UJR - 2015 Scorpions Revisited [**1/2]
14 - UJR - 2016 Tokyo Tapes Revisited Live [***1/2]
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(*) SCORPIONS:
Vocais: Klaus Meine.
Guitarras: Ulrich Roth (+ vocais ocasionais e narrações).
Guitarras Base: Rudolf Schenker (+ vocais ocasionais e narrações).
Baixos: Francis Buchholz.
Baterias: Jürgen Rosenthal (01) , Rudy Lenners (02-03) , Herman Rarebell (04-05).
Teclados: Achim Kirschning (01-03).
Comentários: As notas dos álbuns do Scorpions aqui relacionados falam tanto da evolução de Roth como músico (lançamento a lançamento) quanto da qualidade dos trabalhos da banda como um todo... Não existe avanço maior do que de Fly To The Rainbow para a obra-prima In Trance (o melhor dos quatro álbuns de estúdio do período - e que serve de modelo para o estilo neo clássico fundado por Roth). O álbum Virgin Killer mostra: o continuado interesse do guitarrista por sonoridades exóticas ao rock da época (como na faixa Yellow Raven) e o altíssimo nível técnico atingido por ele, um patamar absolutamente inédito a esse mesmo meio de então (como em Catch Your Train). Taken by Force já traz algo muito mais próximo do som do Scorpions oitentista em faixas imortais como: a lindíssima We Will Burn The Sky (com letra da falecida esposa de Roth: Monika Dannemann) e a épica Sails Of Charon (talvez a mais reconhecível composição do guitarrista). Tokyo Tapes é um lendário álbum ao vivo e referência absoluta dos Dino-Guitarristas até os dias de hoje.
(Fly To The Rainbow é um bom álbum, apenas menos sofisticado, focado e coeso do que os quatro seguintes. Roth toca com uma Gibson Flying V nele e com uma Fender Stratocaster nos demais. Uma Stratocaster toda branca e com uma alavanca gigantesca, lembrando um descanso de moto, vista na capa do In Trance)
(Influências de Roth dentro do Rock: Hendrix: obviamente! Jan Akkerman: como na faixa Night Lights do In Trance. Michael Schenker: influência mútua e reciproca aparentemente (como no solo de Backstage Queen por exemplo). Brian May: similaridades na maneira de orquestrar suas linhas e harmonias de guitarra, algo que parece ser mais coincidência do que propriamente uma influência. Ritchie Blackmore (Hendrix + Clássico): o próprio Roth não vê grande influência dele no seu estilo, mas alguma existe... Existem outras influências sessentistas iniciais, uma vez que Roth nasceu em dezembro de 1954.)
(Influências clássicas de Roth: Mozart , Bach , Paganini , Beethoven , Chopin , Vivaldi etc.)
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(**) ELECTRIC SUN:
Vocais e Guitarras: Uli Jon Roth.
Vocais: Michael Flexig (faixas "2" , "6", "9" e "10" de (08)) e Nicky Moore (faixa "1" de (08)).
Baixos: Ule Ritgen.
Baterias: Clive Edwards (06) , Sidhatta Gautama (07) , Clive Bunker (08).
(Existem músicos adicionais em (08) tanto nos arranjos vocais quanto nos arranjos de cordas. Além de alguns teclados e baixos tocados por Roth.)
Comentários: Roth tem duas grandes vertentes associadas a ele: (i) uma de profunda influência Hendrixiana (em um primeiro momento abraçando todos os clichês do mitológico guitarrista americano - assim como um Trower ou um Marino) e (ii) uma de inegável vanguarda neo clássica dentro do rock pesado (tomando rapidamente a frente de Ritchie Blackmore e Michael Schenker após o lançamento do In Trance e sem nunca mais olhar para trás desde então)... Isso fazia o Scorpions (por vezes) soar como duas bandas diferentes com: músicas compostas por Roth (e as vezes até cantadas por ele) seguindo a linha (i) se contrapondo a músicas compostas por Rudolph Schenker & Klaus Meine (e cantadas por Meine) com arranjos/solos de Roth seguindo a linha (ii)... Roth foi capaz de amalgamar composicionalmente melhor essas suas duas vertentes de outrora nos dois primeiros álbuns do Electric Sun, em um processo de unificação que segue até os dias de hoje (com a faceta (ii) incrementalmente dominando a faceta (i))... Esses dois álbuns (ainda tocados com a sua Stratocaster) fazem uma certa conexão lógica com o Roth do Scorpions (apesar de evidentes avanços)... O terceiro trabalho (agora tocado com a sua Sky Guitar(*)) já apontava, por sua vez, para o que ele viria a fazer na sua carreira solo.
(*) Sky Guitar = Instrumento similar a uma guitarra e projetado por Roth com a capacidade de ocupar a posição de um violino solo em uma orquestra... A música de Roth segue até hoje centrada nessa sua criação.
(As nossas notas desses três álbuns do Electric Sun relativizam as letras medíocres e os vocais indefensáveis de Roth frente as composições/arranjos/solos tipicamente de alta qualidade presentes. Isso sem falar no pioneirismo da faceta (ii) mencionada acima, que mostra uma clara evolução pós Tokyo Tapes.)
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(***) UJR = ULI JON ROTH SOLO:
Créditos de 09: Uli trata das guitarras, vocais, teclados, baixos, computadores etc. Leonora Gold faz os vocais de "2". Michael Flexig faz os vocais de "4", "9" e "11". Tommy Heart faz os vocais de "1" , "5" e "8". E obviamente uma orquestra inteira está em uso (dirigida por Uli e com créditos adicionais aqui omitidos).
Créditos de 10 (entre outros): Uli Jon Roth (vocais , guitarra) ; Liz Vandall (vocais) ; Steven Bentley-Klein (violino , viola , cello , trumpete) ; Barry Sparks (baixos) ; Shane Gaalaas (baterias) ; Don Airey (teclados).
Créditos de 11: Uli Jon Roth: tocador da Sky Guitar e regente da SKY ORCHESTRA.
Créditos de 12: Bass – Lucy Shaw ; Cello – Katherine Jenkinson, Nick Holland ; Guitar, Keyboards, Written By, Orchestrated By, Produced By – Uli Jon Roth ; Percussion – Chris Lowe, Nippy Noya ; Viola – Felix Tanner, Rachel Robson ; Violin – Buffy North, Charles Nolan, Jonathan Hill ; Vocals – Gwen Adams, Joachim Fiedler (2), Mark Boals, Michael Flexig.
Créditos de 13 + 14: Uli Jon Roth - Guitarras Solo + Vocais , Nathan James - Vocais , Liz Vandall - Vocais , Jamie Little - Baterias , Ule W. Ritgen - Baixos , Niklas Turmann - Guitarras + Vocais , Corvin Bahn - Teclados + Vocais , David Klosinski - Guitarras.
Comentários: O item 09 é uma consequência tardia e apenas incremental ao Beyond The Astral Skies... A primeira parte do item 10 tem ótimas composições originais de Roth e covers bem curados de clássicos reconhecíveis, um grande acerto. Por outro lado, a sua segunda parte, recheada de covers de Hendrix e Jams gordurosas, não mantém o mesmo frescor (os valores de produção claudicantes também depõem contra)... O item 11 oferece um incremento lógico sobre o item 09, mas ainda de maneira tímida... Por outro lado, o item 12 traz o melhor exemplo, até agora, de integração da Sky Guitar com orquestra e da veia composicional clássica de Roth (um divisor de águas!)... O item 13 parece não ter muita razão para existir (já que os arranjos originais das canções do Scorpions são largamente preservados)... Por outro lado, o item 14 é uma grata surpresa (a tal "revisita" funciona muito bem ao vivo, vejam só!): com uma banda sólida como um todo e todo o tempo, os melhores vocais de uma produção de Roth pós Scorpions, os melhores timbres da Sky Guitar para ser usada com uma guitarra tradicional etc.
(Roth sempre foi um estudioso de música clássica. Isso lhe conferiu ao longo do tempo uma voz deveras única para operar como um guitarrista de rock... Isso levou a sua transposição roqueira de um violino (a sua Sky Guitar) e a sua transposição roqueira do conceito de sinfonia, sendo o seu primeiro projeto nesse novo arcabouço o muito adiado: Under a Dark Sky.)
(Os últimos anos da carreira de Roth trazem paralelos e analogias com a carreira de Allan Holdsworth, largamente baseada na transposição para a guitarra elétrica do saxofone. Isso no contexto do Jazz.)
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Referência: Dinosaur Rock Guitar
